Em 14 de novembro, celebra-se o Dia Mundial do Diabetes, data instituída em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção, o diagnóstico e o controle da doença, que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros. No entanto, em Mariana, a Secretaria de Saúde ainda não anunciou atividades específicas para lembrar a data.
Para municípios como Mariana, que não dispõem de campanhas de saúde voltadas para o diabetes, parcerias com a iniciativa privada podem ser uma alternativa viável. Em várias cidades, empresas farmacêuticas promovem ações itinerantes, oferecendo gratuitamente testes de glicemia, aferição de pressão arterial, pesagem, medição da circunferência abdominal e palestras sobre diabetes e obesidade. Outro exemplo de apoio à saúde seria da Biomm, uma moderna indústria de insulina em Nova Lima, que poderia ser um parceiro estratégico para ampliar o acesso a exames preventivos e programas educativos.
Diabetes: uma doença silenciosa e progressiva
O diabetes é caracterizado pela baixa produção ou má absorção de insulina e se divide em dois tipos principais: o tipo 1, geralmente diagnosticado na infância ou adolescência e causado pela destruição das células produtoras de insulina; e o tipo 2, comum em adultos, especialmente aqueles com obesidade ou histórico familiar. Entre os principais fatores de risco para o tipo 2 estão sedentarismo, alimentação não saudável, consumo excessivo de álcool, tabagismo e obesidade.
Sintomas como sede excessiva, aumento na frequência urinária, fome constante, perda de peso inexplicável e fraqueza geralmente surgem de forma silenciosa, o que torna o diagnóstico precoce fundamental. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, problemas na visão são uma das complicações mais frequentes e preocupantes do diabetes, afetando cerca de 40% dos pacientes com a doença. A retinopatia diabética, por exemplo, pode levar à perda grave de visão após 15 a 20 anos de progressão da doença sem controle adequado.
Prevenção e tratamento: o papel do acompanhamento médico
De acordo com o endocrinologista Dr. Douglas Barbieri, diretor médico global da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott, o monitoramento regular é essencial para pessoas com mais de 45 anos ou que apresentem excesso de peso e outros fatores de risco. “O exame periódico é vital para detectar a doença em seus estágios iniciais, já que grande parte dos pacientes, principalmente com diabetes tipo 2, não apresenta sintomas claros”, explica o médico.
A convivência com o diabetes exige uma rotina de cuidados, que inclui o uso correto de medicamentos, controle da glicemia, alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas. Especialistas reforçam que o acesso a informações confiáveis e o apoio de campanhas de conscientização são essenciais para uma boa qualidade de vida dos portadores da doença.