por Rodrigo Vilela, presidente da Samarco
A história das grandes transformações é escrita com planejamento, continuidade e compromisso. O Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce representa um dos maiores investimentos sociais e ambientais já realizados no Brasil. Mais do que reparar danos, ele tem o potencial de mudar a vida de milhares de pessoas e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
O Acordo, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 6 de novembro, estabelece diretrizes para a conclusão da reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015, um marco que lamentamos profundamente e que jamais será esquecido pela Samarco e pela sociedade. O termo reafirma nosso compromisso inabalável com a recuperação ambiental e social da região.
Trata-se de um Acordo robusto, que destinará R$ 170 bilhões para investimentos sociais e ambientais, sendo mais de R$ 100 bilhões aplicados diretamente na Bacia do Rio Doce. Esse compromisso prevê investimentos estruturantes em educação, saúde, saneamento, infraestrutura e diversas outras áreas essenciais, com acompanhamento e monitoramento das instituições de Justiça. Além disso, a empresa continua responsável por todas as indenizações, reassentamentos e pela solução ambiental da bacia, incluindo reflorestamento e gerenciamento de rejeitos.
O impacto de investimentos estruturados e contínuos
A história nos ensina que transformações reais acontecem quando há planejamento e continuidade. Projetos bem estruturados geram efeitos multiplicadores, atraindo novos investimentos, fortalecendo cadeias produtivas e criando um ciclo virtuoso de crescimento e desenvolvimento. Um investimento atrai outro, que atrai outro, impulsionando a economia e promovendo mudanças duradouras.
Este Acordo tem um potencial único de transformar a Bacia do Rio Doce, permitindo que a reparação dos danos causados ocorra de forma eficiente e definitiva.
O papel das prefeituras e a necessidade de adesão
O Acordo representa uma oportunidade concreta para as cidades que decidirem participar. As prefeituras que já aderiram demonstram um compromisso real com suas populações, garantindo que esses recursos sejam utilizados para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
É preocupante que algumas lideranças insistam em rejeitar essa solução, mantendo um discurso de tragédia permanente, quando o foco deveria estar na construção de um futuro melhor. Para que toda a população tenha acesso aos benefícios desse investimento, é essencial que os prefeitos assinem a adesão de seus municípios ao Acordo.
As cidades que já formalizaram sua participação receberam a primeira parcela em dezembro, o que significa que já estão em condições de iniciar projetos concretos.
O prazo para adesão se encerra em 6 de março de 2025. Perder essa oportunidade pode significar um prejuizo para as comunidades locais.
Investimento de longo prazo e compromisso com futuras gerações
Outro aspecto fundamental do Acordo é seu prazo de 20 anos, garantindo que os recursos sejam aplicados ao longo de diferentes administrações municipais, permitindo um planejamento mais estruturado e sustentável.
Isso evita que os investimentos fiquem concentrados em apenas um ciclo político, assegurando que os benefícios sejam contínuos e impactem sucessivas gerações. Com o acompanhamento das instituições de Justiça, os recursos serão aplicados de forma transparente e com critérios bem estabelecidos, garantindo que a população seja a principal beneficiada.
Sabemos que o processo de reparação de um evento como o rompimento da barragem de Fundão é complexo e desafiador. No entanto, o Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce cria as bases para uma solução definitiva, assegurando que as ações de reparação sejam eficazes e duradouras.
O futuro da Bacia do Rio Doce está em nossas mãos. O caminho da transformação está traçado, mas depende do compromisso de todos. Não podemos permitir que essa oportunidade seja desperdiçada. A Samarco permanece determinada a cumprir integralmente seus compromissos e a seguir investindo no futuro das comunidades ao longo de toda a Bacia do Rio Doce - de Mariana, em Minas Gerais, até Linhares, no Espírito Santo.
