A banda Eletricidade, um reconhecido cover de Capital Inicial, lançou acusações sérias contra a Prefeitura de Mariana, alegando que não foi compensada pela sua atuação na festa de aniversário do Motoclube Divino Estradeiros, ocorrida em junho de 2023, no distrito de Furquim. De acordo com a banda, não apenas eles, mas também outros artistas e até o locutor do evento estão à espera de pagamento.
Paulinho Morsani, vocalista e gestor da Eletricidade, em entrevista à rádio Itatiaia, detalhou a experiência do grupo. “Nós já participamos de edições anteriores do evento e aceitamos o convite deste ano com a garantia de que seriamos pagos após a festa”, disse.
No entanto, em comunicado oficial, publicado na tarde dessa quarta (18) a Prefeitura de Mariana esclareceu que o evento é de iniciativa privada, negando qualquer contrato com os artistas. Ela reforça que a Secretaria Municipal de Cultura apoiou o evento com um aporte de R$ 9.000, destinados especificamente a outros gastos, como alimentação e troféus. A Prefeitura de Mariana reiterou seu compromisso de apoiar as manifestações culturais, sempre em conformidade com a legislação.
Em recente apuração do Território Notícias, fontes próximas aos organizadores do evento, confirmaram as declarações do vocalista da banda Eletricidade. "Ele alegou ter firmado um compromisso verbal com Cristiano Vilas Boas, Secretário de Cultura e Turismo na gestão de Edson Agostinho, garantindo que a banda se apresentaria e o contrato seria formalizado rapidamente, com o respectivo pagamento do cachê. Contudo, não só a Eletricidade, mas também a banda Vinil relatou não ter recebido os valores acordados", disse Edvaldo Marciano Euzébio, um dos responsáveis pelo evento. Edvaldo esclareceu ainda que o Vereador João Bosco alocou uma verba impositiva, aproximadamente R$38 mil, à Secretaria de Cultura. Este montante tinha o intuito de cobrir despesas do encontro de motociclistas e de outros eventos na região de Furquim. Importante ressaltar que o evento do Moto Clube Divinos Estradeiros integra o calendário oficial da cidade.
Confrontado sobre a questão, Cristiano Vilas Boas, Secretário de Cultura, reconheceu que as bandas não foram remuneradas. Ele justificou que, na época do evento, tinha acabado de assumir o cargo de secretário de cultura e turismo e as negociações relativas ao evento ocorreram antes de sua nomeação. Além disso, ele alegou que os contratos não foram formalizados porque as bandas não forneceram a documentação e certidões necessárias.
Cristiano salienta que tão logo tomou conhecimento através da mídia, fez contato com os organizadores e as bandas, comprometendo quitar as pendências o mais rápido possível. “A prefeitura entrou com toda estrutura de palco, luz, som, segurança. Quanto aos repasses de verba dependemos que a documentação esteja em dia” Afirmou.
Acompanhe a apresentação da banda clicando no link aqui: