O renomado psicólogo e psicoterapeuta brasileiro, Leo Fraiman, que é muito popular nas redes sociais, onde conta com mais de 256 mil seguidores em seu perfil do Instagram, fez um vídeo comentando sobre a tragédia envolvendo uma família patoense, onde um adolescente matou a mãe e o irmão e baleou o pai, um policial militar reformado.
Em sua fala inicial, Leo comenta que certamente a ação do adolescente foi em um momento de um surto psicótico ou sociopático, em uma cisão, ou seja, rompimento com a realidade. Ele esclarece que por não ter a oportunidade de entrevistar o garoto e não poder fazer o laudo psicodiagnóstico, não pode dizer que o adolescente é um psicopata ou sociopata.
Leo diz que é preciso se solidarizar com a família e evitar pré-julgamentos, isso porque nenhum ser humano está completamente blindado e livre de sofrer um surto psicótico, sociopático e esquizofrênico, apesar de ser muito raro, mas que pode acontecer.
Em relação ao que pode ter levado o adolescente a praticar tal ação, o psicólogo fala que só pode-se ter uma percepção sobre o caso e o fato, entrevistando o garoto, olhando a estrutura da família, observando a história, porém, raramente isso acontece do nada.
Sobre a influência de jogos violentos, como o policial pai do adolescente havia citado em áudio gravado ainda no hospital, Leo fala que existem bastantes evidências que a prática constante de uso de jogos violentos torna a pessoa mais afeita e propensa a achar que violência é normal, porém ele faz um alerta aos pais para não normalizarem esse uso constante de jogos violentos, pois existe um porque para essa pessoa estar procurando esse tipo de conteúdo e dando foco em algo que é violento e não colaborativo/cooperativo: “Disputar jogos, esportes, games, ok. Mas tendo como base da vida o consumo de violência, isso torna o cérebro da pessoa mais sensível a achar que isso é normal”, comentou.
Outro ponto no qual o psicólogo destaca é sobre o papel dos pais em desempenharem um equilíbrio entre se mostrarem firmes, porém amorosos com os filhos: “Procurar esse tão importante equilíbrio entre o afeto e a firmeza pode fazer uma grande diferença pra que a gente não crie uma pessoa que cultiva a violência”, comentou.
Leo finaliza sua fala fazendo uma reflexão: “Se a vida tem sentido, e se o sofrimento e a dor fazem parte da vida, é nossa obrigação pensar sobre o sentido da vida na alegria e na tristeza, e aprendermos com as tragédias. Olharmos pra uma situação e sair do susto pra parar pra pensar como tá sendo no meu lar: o sono, as tarefas, o afeto, o olhar, a escuta, a presença; lembre que pais e mães emponderados educam melhor e que filhos respeitam pais e mães que se respeitam e há sim um caminho para uma educação equilibrada entre o afeto e a firmeza”, finalizou.
Fonte: Patosonline.com