Na tarde desta segunda-feira (6), a subseção da Justiça Federal em Ponte Nova, Zona da Mata, deu início às audiências dos envolvidos no caso do rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, em Mariana, ocorrido há oito anos. As sessões, que se estenderão pelos dias 6 a 9 e retomarão no dia 13 de novembro, contam com sete pessoas e quatro empresas na lista de réus.
A série de interrogatórios começou com Germano Lopes, ex-gerente operacional da Samarco, cujo testemunho se estendeu por cerca de quatro horas. As audiências de hoje terça-feira (7) conta com os depoimentos de Daviely Rodrigues Silva e Wagner Milagres Alves, que desempenhavam funções gerenciais similares na época do incidente.
A oitiva segue na quarta-feira (8) com Kleber Terra, ex-diretor de operações e infraestrutura, e Ricardo Vescovi de Aragão, antigo diretor-presidente da Samarco. Representantes das mineradoras BHP Billiton e Vale S.A também estão convocados para prestar esclarecimentos na quinta-feira (9).
A próxima segunda-feira (13) marcará o comparecimento da Samarco perante a Justiça. Nesse mesmo dia, Paulo Roberto Bandeira, da Vale, Samuel Santana Paes Loures, engenheiro da VogBR, empresa de consultoria que prestarão seus depoimentos.
Os acusados enfrentam alegações de dez crimes ambientais, além de acusações por inundação qualificada e desabamento. A Samarco preferiu não se manifestar sobre as audiências em curso. Por outro lado, a Vale comunicou que seu representante fornecerá todos os esclarecimentos necessários e reiterou o compromisso da empresa com a segurança em suas operações, bem como a cooperação contínua com as autoridades.