O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) descartou que o bebê de seis meses que deu entrada no na Santa Casa de Ouro Preto, na região Central de Minas, no último domingo (2), sofreu violência sexual. A informação foi divulgada pela Polícia Civil (PCMG) na manhã desta terça-feira (4).
Conforme o laudo pericial, não foram encontrados indícios de abuso sexual contra a criança. "Em primeiro momento houve o levantamento da hipótese de um possível abuso sexual uma vez que a criança apresentava estufamento anal. No entanto, após a realização da perícia médica legal afastou-se de forma categórica qualquer abuso sexual que a criança teria sofrido", afirmou a delegada Celeida de Freitas Martins.
Ainda conforme a delegada, os indícios que levantaram a suspeita são típicos de ocorrerem após o óbito. "Este estufamento da região anal, segundo a medicina legal, é um fenômeno pós morte, típico de acontecer", explicou.
Segundo a PCMG, as investigações prosseguem agora a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Ouro Preto, que vai apurar as causas e circunstâncias da morte.
O caso aconteceu na noite do último sábado (1º), quando a Polícia Militar foi acionada por médicos após a criança chegar ao hospital com parada cardiorrespiratória e, após 30 minutos de tentativa de reanimação, ocorreu o óbito.
Médicos relataram que a criança tinha marcas no rosto, aparentando ser de dois a três dias atrás, o que leva à suspeita de violência contra a menor. Os profissionais da saúde constataram alargamento anal e vermelhidão, com indícios de que possa ter havido algum tipo de violência sexual.
Durante a ocorrência, a mãe da criança alegou que estava na casa do namorado quando deixou a filha deitada em uma cama de casal, com o pai da menina e foi tomar banho. A mãe disse que, passado algum tempo, ouviu o choro da bebê, motivo pelo qual foi até o quarto e se deparou com o companheiro dizendo que a filha do casal havia caído da cama e precisava ir ao hospital.
Já o pai alegou que a filha estava na cama de casal, acordada, e que ele se deslocou até a cozinha, para fazer um lanche, onde teria ficado por no máximo 5 minutos. Na versão do homem, ele ouviu um barulho e o choro da bebê, momento em que percebeu a gravidade da queda e socorreu imediatamente sua filha, negando qualquer violência contra a menor.
Em razão desses fatos, os autuados foram presos em flagrante delito. Sobre denúncia de possível abuso sexual, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que investiga os fatos.
Fonte O Tempo