O vazamento de um rejeitoduto da mineradora Vale, entre as cidades de Jeceaba e Congonhas, atingiu uma nascente d’água e propriedades da região no final de novembro. Segundo o auto de fiscalização feito pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, foi constatado que uma “grande quantidade de rejeitos de minério” chegou a ser despejada no leito de um córrego da área que desagua no Rio Paraopeba. O acidente ocorreu no dia 27 de novembro, mas só teve auto lavrado na última segunda-feira (19).
Questionada, a Vale afirmou, em nota, que houve “vazamento de pequena monta em um duto de rejeito da mina Viga, em Jeceaba (MG), no distrito de Caetano Lopes” e que a quantidade de rejeito extravasado foi de “cerca de 20 m³ de rejeito sólido; a ocorrência foi rapidamente identificada e solucionada”. “Na época, a empresa informou os órgãos competentes e a comunidade da região, além de realizar a limpeza da área. Importante esclarecer que não houve impactos em imóveis da comunidade, nem na segurança dos moradores”, diz o comunicado.
Apesar disso, o documento feito por técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), os rejeitos de minério atingiram o córrego e, consequentemente, chegaram a propriedades e à uma nascente.
“Foram percorridas algumas das propriedades atingidas para verificar o dano causado no córrego, sendo necessária intervenção emergencial pelas condições climáticas, com previsão de novas chuvas no local, que poderiam acarretar transbordamento do córrego que estava muito assoreado pelos rejeitos de minério depositados em seu leito, atingindo as propriedades de terceiros onde existem plantações de frutas e verduras”, mostra trecho do auto de fiscalização.
Em outro momento, o relatório pontua que o rejeito de minério atingiu nascente e seguiu o fluxo de um córrego que desagua no Rio Paraopeba.
“Constatado que o rejeito atingiu uma pequena nascente e seguiu pela canaleta pluvial que passa por baixo da via férrea atingindo um corpo hídrico identificado como córrego do bambuzal e este segue por cerca de 150 metros até o Rio Paraopeba. O córrego atingido passa por propriedades e foi verificada a deposição de grande quantidade de rejeito dentro do seu leito. Fomos autorizados a entrar na propriedade do Sr. Vinicius onde verificamos grande quantidade de rejeitos de minério depositados no leito do córregos”, mostra o documento.
A Vale ressaltou, em nota, que procedeu com a limpeza da área e recolhimento do material e que não houve impactos no suprimento de água à comunidade.
FONTE ITATIAIA