O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desencadeou na manhã desta quarta-feira (31) a Operação Catarse IV, que apura os crimes de peculato e lavagem de dinheiro na Zona da Mata. Segundo a MPMG, vereadores e empresários estavam emitindo notas fiscais “frias” para legitimar o pagamento ilícito de verbas de gabinete aos parlamentares investigados, inclusive no cenário de empresas, imóveis e veículos registrados em nome de terceiros (“laranjas”). A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Regional da Zona da Mata, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Muriaé, e as polícias Civil e Militar.
Ao todo, 16 pessoas foram denunciadas e 696 crimes são apurados. Conforme o MPMG, dois dos alvos exerceram a presidência da Câmara Municipal de Muriaé, sendo um deles um vereador afastado do cargo e o outro ex-vereador e policial militar da reserva. Mandados de prisão e de busca e apreensão, bloqueio de imóveis e veículos estão sendo cumpridos em Muriaé, Divino, Eugenópolis e Ubá.
O conteúdo continua após o anúncio
O MPMG divulgou o balanço parcial de bens indisponibilizados ou apreendidos, que incluem duas residências, 16 veículos, R$ 310.550,96 em cheques, R$ 77.228,30 em espécie e outros R$ 34.481,92 bloqueados judicialmente.
Somadas as demais fases da Operação Catarse, já foram 53 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, dois afastamentos dos cargos públicos, bem como a constrição e o bloqueio de bens e valores dos investigados, assim como pedido indenizatório de mais de R$ 1 milhão, a título de dano moral coletivo.
Fonte: https://tribunademinas.com.br/