A Polícia Civil informou que Bárbara Vitória, de 10 anos, foi estuprada e morta asfixiada por Paulo Sérgio, de 50. O caso bárbaro foi registrado em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. As informações das investigações, que ainda prosseguem, foram divulgadas em coletiva nesta quarta-feira (10).
Segundo o delegado Fábio Moraes Werneck, responsável pelo caso, a criança foi estuprada e morta por asfixia. Na criança foram encontradas cordas no pescoço e pelo corpo. O exame de DNA foi concluído, nessa terça (9), e o material genético de Paulo foi achado no corpo de Bárbara.
A criança foi morta em um domingo (31 de julho), dia em que ela desapareceu após sair para comprar pão. Uma vizinha encontrou o corpo em um campo de futebol em 2 de agosto.
Paulo Sérgio chegou a prestar depoimento quando as buscas por Bárbara eram realizadas e acabou sendo liberado. O delegado esclareceu que ele não foi preso já que a lei não permitia, pois não havia "provas cabais" para a prisão em flagrante nem mesmo mandado.
Os depoimentos dos pais contribuíram, segundo Werneck, para a Polícia Civil estabelecer a rotina da criança e fazer o trajeto entre a padaria, local em que foi vista pela última vez, e outros pontos do bairro.
O delegado revelou que, dias antes do crime, em 29 de julho, Paulo Sérgio prestou serviços elétricos na casa da vítima. Isso, conforme detalhado pela polícia, pode ter causado "familiaridade" da criança com o suspeito. "Há cinco anos, a família morava na casa de um parente do autor". O crime não foi premeditado.
Um saco de pão foi encontrado na casa de Paulo, mas não se tratava do que Bárbara levava. Após sair da padaria, a criança ainda passou em uma mercearia e comprou um suco. Em um sacola de cor rosa, ela levava dinheiro e documentos da mãe, que ainda não foram encontrados
Bárbara Victória, de 10 anos, saiu de casa para comprar pão na tarde do último domingo de julho (31), em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, e desapareceu. A família da menina começou a divulgar fotos da criança e a pedir ajuda para encontrá-la.
No dia seguinte (1º), os parentes tiveram acesso a imagens de segurança, que flagraram Bárbara andando pela rua segurando uma sacolinha. As imagens também mostram a menina com um homem. Os dois chegam a conversar. Em outro vídeo, registrado à noite, revela o mesmo homem empurrando um carrinho de mão.
A polícia, então, foi até a residência de Paulo Sérgio, de 50 anos, onde encontrou um saco de pão parecido com aquele que Bárbara carregava. Primeiramente, ele negou que conhecia a criança. No entanto, o filho dele confirmou que era o pai quem aparecia nas gravações. O homem acabou confessando que conhecia a menina e a mãe dela, já que havia ido à casa da família para fazer um reparo da rede elétrica. O suspeito foi ouvido na delegacia e liberado.
O mistério sobre o desaparecimento de Bárbara continuou até o dia seguinte (2 de agosto), uma terça-feira, quando o corpo da criança foi encontrado em um campo de futebol, a 550 metros da casa da família, por uma vizinha, Kate Alves, de 27 anos. A menina estava sem os shorts que vestia no dia do desaparecimento. O suspeito forneceu material genético para exame de DNA.
O velório da menina foi realizado no dia 3 de agosto, uma quarta-feira, ocasião em que a família clamava por justiça. No mesmo dia, o homem de 50 anos, suspeito da morte de Bárbara, é encontrado morto na casa da tia dele, em Belo Horizonte. O suspeito teria ido até a casa da parente por risco de linchamento em Ribeirão das Neves e lá se enforcou.
Fontes ligadas à investigação revelaram que o material genético encontrado debaixo das unhas de Bárbara pertence ao suspeito.
Fonte: O Tempo