CONVÊNIOS DO MUNICÍPIO COM O HOSPITAL MONSENHOR HORTA VOLTAM A SER TEMA DE DEBATE NA CÂMARA
No último mês, os convênios que a Secretaria Municipal de Saúde mantém com o Hospital Monsenhor Horta têm sido tema de debate em Plenário. A situação se intensificou depois de denúncia trazida à Câmara pelo vereador Bruno Mól (PMDB) em relação ao cancelamento da cirurgia de um usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). A justificativa que o Hospital teria dado aos vereadores seria a inadimplência do Executivo. Durante a reunião ordinária de ontem, 23 de outubro, o secretário de Saúde, Danilo Brito, e funcionários da Secretaria esclareceram a situação.
De acordo com Danilo Brito, a Secretaria não foi notificada pelo Hospital Monsenhor Horta por falta de pagamento. “Ainda não sabemos as razões para esses cancelamentos, algumas dessas cirurgias já foram remarcadas”, afirmou o secretário. Dos três contratos que o Executivo mantém, foi assumido um acordo com a direção do Hospital para pagamento de débito do maior deles que, segundo Danilo, foi pago no dia 9 de outubro.
Em ofício encaminhado à Câmara, o diretor do Hospital, Wagner Dias, informou que houve uma reunião em que valores pendentes dos convênios foram negociados e parte dos pagamentos foram feitos. De acordo com Danilo Brito, todos os pagamentos estão em dia, já que os contratos dos mesmos admitem um prazo de 90 dias para pagamento.
A coordenadora do departamento de Regulação, Helga Tabari, afirma que a Secretaria de Saúde recebeu a reclamação de 17 usuários que tiveram cirurgias eletivas desmarcadas. Dentre essas cirurgias, “cinco já foram remarcadas e a direção do Hospital se comprometeu a agendar as restantes, de acordo com a disponibilidade médica e o quanto antes possível”, afirmou a coordenadora.
Durante a mesma reunião, a Câmara aprovou por unanimidade o Requerimento nº 242/2017, de autoria dos vereadores Gerson Cunha (PSC), Juliano Duarte (PPS) e Ronaldo Bento (PSB), convocando o diretor do Hospital, Wagner Dias, e o diretor da Rede São Camilo, Jorge Alves, para esclarecerem o motivo das suspensões das cirurgias eletivas. De acordo com Ronaldo Bento, é preciso identificar quais foram as razões desses cancelamentos, já que "a justificativa de inadimplência não condiz com a realidade dos contratos”, explicou o vereador.