Os medicamentos de uso contínuo — que têm percentual máximo de reajustes determinado pelo governo — devem sofrer aumento nos próximos dias. A previsão é que os novos valores passem a vigorar a partir de 1º de abril. O índice de correção, no entanto, ainda não foi divulgado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). A previsão do mercado é que o reajuste fique em torno de 10%, o que deve elevar a preocupação em relação aos gastos com remédios. Segundo uma pesquisa sobre o comportamento dos consumidores em farmácias no Brasil, feito pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (Ifepec), em parceria com a Unicamp, as pessoas estão mais preocupadas em economizar: para 79,9% dos entrevistados, o preço foi determinante na escolha do local onde comprar.
Entre as dicas de economia listadas por Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), pesquisar preços e optar por remédios genéricos e similares podem garantir uma folga nos gastos nas farmácias.
Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos remédios, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais — analisou Domingos. Uma alternativa para conseguir gastar menos com remédios é fazer cadastros em programas governamentais que distribuem remédios de graça ou os vendem subsidiados, como o Farmácia Popular, do governo federal.
1. Pesquise preços
Pesquise em várias farmácias, porque os preços variam muito, e algumas drogarias cobrem os valores da concorrência. É importante também pesquisar o mesmo medicamento em vários laboratórios, pois os custos são diferentes.
2. Avalie genéricos e similares
Na grande maioria das vezes, os medicamentos genéricos ou similares são mais em conta. Importante: quando o médico fizer a prescrição, solicite que informe o princípio ativo em vez da marca.
3. Programa Farmácia Popular
Muitas farmácias participam do programa público Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que apresentem receita médica. O programa também concede descontos de até 90%. É necessário ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita e a identidade.
4. Utilize programas de fidelidade
A grande maioria das farmácias têm programas de fidelidade com grandes benefícios. Mas, além disso, existem os programas dos laboratórios. Faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando uma economia de até 70%. Algumas empresas, planos de saúde, sindicatos ou associações de classes profissionais têm parceria com redes de farmácias.
5. Defina o que quer comprar
"É importante ter bem claro o que deseja comprar na farmácia. Para isso, faça uma lista de produtos, evitando comprar por impulso", orienta Reinaldo Domingos, da Abefin.
Fonte: Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin)