Polícia investiga fraude em licenças ambientais para mineradora em Mariana


Casa do secretário de Meio Ambiente e até residência de fiscais do órgão foram alvos de mandados de busca e apreensão

27/08/2019 às 17h34

Sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, casa do secretário e até residências onde vivem fiscais do órgão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, foram alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (27). Investigadores suspeitam ter ocorrido fraude na concessão de licenças ambientais por parte da prefeitura do município. 

Nesta, que é a segunda fase da operação "Curupira", seis mandados foram cumpridos e, por meio deles, apreendidos diversos documentos sobre licenciamento ambiental, computadores e aparelhos celulares. 

O inquérito foi aberto logo que nasceram as suspeitas iniciais de que uma mineradora da região estaria extraindo minério de ferro de forma irregular. A Transthomasi, empresa investigada, também é investigada por falsidade ideológica em documento ambiental, intervenção em área de preservação permanecente e associação criminosa. 

Os policiais envolvidos decidiram recolher documentos em imóveis ligados à Prefeitura de Mariana depois que materiais apreendidos na primeira fase da operação, realizada em maio, apontaram a possibilidade de licenças fraudadas pela gestão municipal para facilitar o trabalho da mineradora. "Algumas testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias e o nosso trabalho continua para apuração de todos os fatos", comenta Luiz Otávio Paulon, delegado responsável pelo inquérito. 

Na primeira fase das investigações, equipes do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), se dividram entre Mariana, Barão de Cocais e Santa Bárbara, na região Central, e Belo Horizonte. Àquela época, três pessoas foram presas e cinco mandados de busca e apreensão cumpridos. 

A Prefeitura de Mariana foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se pronunciou. A reportagem também entrou em contato com números disponíveis na internet e que pertenceriam aos responsáveis pela Transthomasi, mas não conseguiu falar com nenhum representante. 

Fonte:O Tempo 

Foto: PCMG


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