O famoso bacalhau Saithe vendido nos supermercados não é bacalhau de verdade. Na verdade se trata de um peixe seco e salgado. As denominações erradas acabam induzindo os consumidores a levar para casa uma fraude.
Segundo a legislação brasileira, o bacalhau só pode ser produzido com três espécies de peixe: Gadus mohrua, o verdadeiro bacalhau do Porto, Gadus macrocephalus e o Gadus ogac.
A Proteste, uma associação de consumidores, fez uma análise em 30 marcas de peixes que se dominavam bacalhau e duas não correspondiam a espécie.
“Vender outro peixe como se fosse bacalhau, como se constatou nas análises, se configura violação à legislação sanitária e ao Código de Defesa do Consumidor. Isso é fraude, e um crime contra as relações de consumo, pois o consumidor é levado a acreditar que está adquirindo peixe de maior qualidade e valor comercial”, destacou Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da associação.
Há outros peixes salgados secos em oferta no mercado brasileiro: Saithe (Pollachius virens), o Ling (Molva molva) e Zarbo (Brosmius brosme) devem ser comercializados como peixe tipo bacalhau salgado seco.
Tem que pechinchar
Com o objetivo de auxiliar o consumidor que quer economizar na hora de comprar os ingredientes da torta capixaba, prato típico da Semana Santa, o Procon de Vitória realizou um levantamento de preços que mostrou que vale a pena pesquisar. A diferença entre um mesmo produto pode chegar a 94%.
Aprenda a identificar o verdadeiro bacalhau
• A forma do peixe: o legítimo bacalhau é largo e permite corte em lombos.
• O rabo do peixe: deve ser quase reto ou ligeiramente curvado para dentro e de cor uniforme. Se tiver uma espécie de “bordado” branco na extremidade, não é o legítimo.
• Cor do peixe: o bacalhau de verdade é cor palha. Fuja dos branquinhos, esses são falsos.
• A pele: no verdadeiro bacalhau a pele solta com facilidade.
Fonte: Folha de Vitória