Mulher 'enterrada viva' em MG está na UTI em estado grave: 'vai demorar muito tempo para ter alta'


Médico do Hospital São João Batista diz que quadro da vítima terá 'solução arrastada'

29/03/2023 às 16h20

A mulher de 36 anos que foi encontrada presa dentro de um túmulo  internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de São João Batista em estado grave. Ao GLOBO, um médico responsável pelo caso afirmou que o quadro da vítima terá uma “solução arrastada”, de modo que ainda irá demorar para que ela possa ter alta.

— Ela está com um escalpo parcial, vários cortes extensos no couro cabeludo e com uma hemorragia subaracnóide. No entanto, ela está se mantendo com bons parâmetros hemodinâmicos — disse o médico Henrique de Almeida, diretor do Hospital São João Batista.

Além disso, Almeida também informou que ela está sedada e com “múltiplas fraturas no braço, dedo e perna”, embora também esteja com uma “pressão boa”. Ele ressaltou que o quadro da mulher inspira “cuidado” e que é considerado grave.

— É um quadro que inspira muito cuidado, mas por enquanto ela está reagindo bravamente. Está na UTI ainda e é um quadro grave, de solução arrastada. Vai demorar muito tempo para ela ficar apta a ter alta.

Entenda o caso

Na manhã desta terça-feira, coveiros que trabalham no local chamaram a Polícia Militar após encontrarem um sepulcro fechado com tijolo, cimento fresco e sinais de sangue, e ouvirem uma voz vinda da gaveta funerária.

 

A ocorrência foi classificada como tentativa de homicídio. A vítima foi retirada do local e levada para o Centro de Tratamento Intensivo do Hospital São João Batista, onde recebe atendimento médico.

Pelo relato da mulher, ela foi levada para o cemitério no final da noite de segunda-feira:

— Não temos ainda como precisar, já que ela está bem debilitada no hospital. Seria por volta de meia-noite, período em que ela ficou desacordada, até as 10 da manhã, quando os policiais militares chegaram lá — conta o tenente Ely Dias Moreira, da PM-MG

De acordo com a versão apresentada pela vítima, ela aceitou guardar armas e drogas para uma dupla de criminosos locais. No entanto, ela alega ter sido roubada e, com isso, perdido o material. Como vingança, os dois a agrediram e a levaram para o cemitério.

A gaveta funerária na qual a vítima ficou presa foi lacrada com material de alvenaria, de acordo com a Polícia Militar.

— A motivação seria vingança em relação a desacerto quanto a armas de fogo. Ela apontou dois suspeitos, os quais foram devidamente qualificados pela Polícia Civil. Neste momento, tanto a Polícia Civil quanto a Militar encontram-se à procura dos dois autores visando prendê-los em flagrante delito — apontou o delegado Diego Candian Alves, responsável pelo caso.

Uma equipe militar chegou a ir até a casa dos suspeitos, que ainda não foram encontrados. O marido da vítima também teria sido agredido pela dupla, mas ele conseguiu escapar e fugir. Até o momento, não foi localizado.

Fonte O Globo

 


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