Decisão da Gerdau pode desempregar mais de 1 mil motoristas na região


04/10/2019 às 12h25

Na última quinta-feira (03) a empresa Gerdau S.A despediu inúmeros caminhoneiros, das cidades de Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ouro Branco e região, com o objetivo de conceder as vagas de trabalho e os direitos de carregamento para transportadoras externas, grandes e ricas, da cidade de Belo Horizonte, que tem seus veículos emplacados no estado da Bahia. A decisão estabelece um grande e injusto monopólio capitalista na região do Alto do Paraopeba. 

Essas empresas externas já vinham há algum tempo recebendo prioridades nos serviços, como por exemplo preferência na fila de carregamento e descarregamento. E agora, a Gerdau anunciou que pretende retirar até este pouco que restava para os trabalhadores da região, deixando assim inúmeros motoristas desempregados e várias famílias desamparadas. 

EXPLORAÇÃO SEM RETORNOS - A Gerdau S.A chegou e se estabeleceu em Ouro Branco e na região do Alto Paraopeba em 1986. Explorou e explora desenfreadamente riquezas minerais e naturais, e tudo isso com a promessa de trazer empregos para a população local e aquecer  a economia das cidades, porém as últimas decisões tomadas pela mesma demonstra bem o contrário. O que resta é apenas os malefícios e essa gigante exploração humana e ambiental: poluições diversas, emissão de gases tóxicos, barragens com riscos eminentes e agora desemprego e dificuldades financeiras para a população e para os municípios como um todo. 

GREVE - Desde o momento que a empresa anunciou a decisão todos os motoristas atingidos se uniram na portaria da Gerdau, nas imediações da mesma e nos acostamentos das rodovias do entorno, fazendo com que parte dos serviços da siderúrgica também fossem interrompidos. Além disso, os trabalhadores já estão se mobilizando e tentando fazer contato com o poder público das cidades afetadas. “Contamos com a ajuda e apoio do poder público e esperamos que eles, bem como toda a população possam se unir a nós e a toda classe trabalhadora, para assim ganharmos mais força para pressionar a administração da Gerdau, tentar reverter essa situação, conquistar nosso ganha pão novamente e evitar que uma crise de desemprego possa atingir e assolar nossa região.” disse um dos motoristas paralisados.

Por Glauciene Oliveira


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